Hoje
perdi o brilho que no meu olhar restava
perdi os sonhos e o pesadelo
perdi minhas crenças e meus medos
perdi até o que eu nunca havia de tê-lo
sentei-me na varanda
a descortinar a minha pálida existência
desenhado meus projetos em visões patéticas
sem saber se tudo é fruto da esperaça ou da demência
agora que farei eu da minha jornada?
onde encontrarei guarida para o meu abraço?
em que parede pendurarei meu quadro?
onde reclinarei minha cabeça face ao cansaço?
ahh, que triste varanda a que me sento
tu que se fazia grande aos meus desejos
hoje, solitária e fria
fica a espera de outros beijos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário